ACI’s da região noroeste criam manifesto para defender equilíbrio entre economia e saúde, pedindo apoio dos governos municipais e respostas do governo do estado

As ACI’s do noroeste do estado entregaram nesta segunda-feira um Manifesto ao Presidente da AMUFRON, Vilmar Horbach, prefeito de Boa Vista do Buricá, e cada presidente de ACI entregou o documento também ao prefeito de sua cidade.

O Manifesto é em defesa dos empreendedores e do equilíbrio entre economia e saúde, e tem o objetivo de tornar público o posicionamento de instituições representativas da Região Noroeste do Estado, referente à informações disponibilizadas pelo Governo do Estado, como verdades absolutas.

O documento afirma que, juntas, as ACI’s da região noroeste integram 2.284 associados que geram 25.880 empregos diretos e buscam respostas com relação ao método de distanciamento social imposto pelo Governo do Estado, “que está impactando na vida e nos negócios de todos, por conta da implantação de bandeiras com cálculos fechados, que definem o nosso direito de ir e vir, sem contraditório”.

Ainda, destaca: “nossa prática traz ações como o funcionamento do Hospital ABOSCO em Santa Rosa, que oferece 20 leitos de UTI para COVID 19; Criamos campanhas de conscientização, higienização, com ações estratégicas em bairros com foco e também compartilhamento na mídia em geral; nos tornamos parceiros dos municípios que implantaram os Comitês do Covid 19, para gestão de crise e troca de experiências; Nossos empreendedores passaram a ter rigoroso controle de higienização e de conscientização entre seus trabalhadores e clientes; reforçamos o cuidado entre pessoas e grupos de risco; respeitamos as medidas impostas pelo Governo do Estado, com relação ao isolamento social, mas continuamos com dúvidas e somos reféns dos números que a toda a semana nos restringem”.

O manifesto segue fazendo alguns questionamentos para ampliar a discussão sobre o assunto, como:

Quando a taxa de isolamento cai ou sobe, causa diferença na taxa de transmissão e na projeção no número de casos? Como é calculado isso?

Se o vírus se espalha rapidamente porque não fazemos testes em massa?

Onde as pessoas estão se infectando? Em casa, no comércio, entre amigos, em práticas esportivas, na rua, em ambientes abertos?

Quais são estes índices e porque não são disponibilizados?

Porque as práticas existentes em outros países só servem de exemplo quando restringem, mas quando possibilitam resultados positivos não podem ser usadas aqui?

“Merecemos um espaço para esclarecimento e reflexão, sem aceitar como definitivo estas determinações do Governo do Estado. Defendemos mudanças e buscamos respostas efetivas. Somos favoráveis a medidas que contribuam para melhorar o ambiente de negócios, beneficiem trabalhadores e consumidores, para acelerar a recuperação da economia e aumentar o bem-estar da população. Juntos buscamos respostas, não imposições”, finaliza o documento.

A presidente da ACIAP, Ana Santos, entregou ao prefeito Antonio Lajus o manifesto na tarde desta segunda-feira. “Solicitamos aos poderes públicos que se posicionem e adotem medidas levando em consideração o posicionamento das ACI’s, pois queremos defender o equilíbrio entre a vida e a economia”, disse Ana.